Ex-prefeito de Nordestina, o médico Erivaldo Carvalho causou revolta nos profissionais de saúde do Hospital Otto Alencar, na cidade. Por meio do Instagram, o ex-gestor disse, sem provas, que uma negligência teria matado José Uedes Monteiro Ribeiro.

“A dor da perda de José Ueder Monteiro Ribeiro, vítima da negligência na saúde
pública de Nordestina, ecoa em nossos corações. Que Deus de força à sua família e amigos”, postou o médico.

José, de 32 anos, morreu na última quarta-feira (17). De acordo com o prontuário, ele foi vítima de dengue.

“Ele tinha diagnóstico de dengue confirmado, só que, segundo familiares, já estava doente ‘guardando’ problema. Chegou ao hospital segunda-feira com queixas, como dor de cabeça. O médico o deixou em observação. A esposa disse que levaria José pra casa, mas levou para uma clínica particular, de dr. Erivaldo. Até então, o paciente estava bem. Ele ficou internado na segunda. Na terça, foram solicitados os exames, que já apresentou alteração, mas sem indicação para regulação. Na quarta, foram solicitados mais exames para a regulação”, disse a secretária de Saúde de Nordestina, Fabiane Andrade, ao Notícias de Queimadas e Região.

Os repúdios à nota do ex-prefeito foram imediatos. Diretor clínico do hospital, Diego Louro reforçou que não houve negligência no caso de José Uedes.

“Foram usados todos os procedimentos no paciente para tentar salvar, mas infelizmente ele veio a óbito. O que deixa triste é que é um colega propagando inverdades sobre a saúde de Nordestina, onde temos uma saúde boa”, lamentou.

Apesar do diagnóstico de dengue, a secretária de Saúde acredita que José tivesse outras doenças associadas.

“Todos os dias os profissionais levantam cedo com dedicação e esforço para cuidar da população de Nordestina, inclusive do hospital. Esses profissionais tem um juramento com a população. Tem dias em que chegamos para trabalhar e não são dias bons, onde há perda de vidas. Os profissionais são capacitados a e humanos. Quanto a nota [do ex-prefeito], fico triste que um profissional de saúde, que poderia também estar fazendo um trabalho para ajudar, venha denegrir colegas de trabalho. Fica meu repúdio”, comentou a diretora administrativa do hospital, Eliades dos Santos.