Genésio Nascimento da Silva, de 64 anos, disse que uma briga provocou o assassinato do lavrador Genivaldo Viana Alves, 41, em Nordestina. O idoso foi preso na quarta-feira (10/9) por força de mandado de prisão. Nesta quinta-feira (11), a reportagem do NQ+ conversou com o advogado do suspeito, Cláudio Morgado.

Genésio alega legítima defesa. “Ele é um senhor de 64 anos, que passou a vida trabalhando em São Paulo. Mandou dinheiro para comprar uma roça e um carro. Ele afirmou que estava em Nordestina, no último dia 5, indo para casa. Disse ainda que, lá, encontrou um sobrinho, na rua. Nesse momento, Genivaldo passou e cumprimentou o sobrinho, pedindo uma carona para Genésio. O sobrinho ficou em Nordestina e eles seguiram viagem”, relatou Morgado.

Na versão da defesa, uma briga dentro do veículo motivou o assassinato. “Em determinado local, em uma curva, Genivaldo mandou Genésio parar o veículo. O motorista negou, afirmando que ali seria uma curva. A vítima, então, pegou um facão e os dois entraram em luta corporal, no veículo. Genésio conseguiu empurrar o carona para fora do veículo e tomou seu facão. Depois, acabou praticando esse crime”, pontuou.

Na versão da Polícia Civil, o idoso chegou a permanecer escondido por dois dias em uma área de mata de sua propriedade, até ser localizado.

“Eu o apresentei na delegacia, na segunda-feira. Genésio apresentou sua versão dos fatos e, inclusive, temos as fotos dos seus machucados [em destaque nesta matéria]. Ele foi ouvido pelo delegado, que representou pela sua prisão preventiva. Ontem, ele estava em casa esperando a polícia e acabou preso”, contou o advogado Cláudio.

A Polícia Civil ainda informou que, mesmo após tentativas de intervenção de testemunhas, Genésio prosseguiu com as agressões até a morte da vítima, fugindo em seguida. “Ele ficou no local, esperando a Polícia Militar. Porém, familiares de Genivaldo queriam fazer linchamento. Por isso, Genésio saiu do local”, finalizou o advogado.