Morre jovem espancado por guardas municipais de Santaluz; processo administrativo é aberto

Morre jovem espancado por guardas municipais de Santaluz; processo administrativo é aberto
Publicado em 24/07/2025 às 13:59

Um homem de 33 anos, identificado como Marcelo da Silva Santos, morreu nesta quinta-feira (24), quatro dias após ser agredido por guardas civis municipais em Santaluz, Nordeste da Bahia. No início da semana, o NQ+ mostrou imagens da ação dos agentes públicos.

Marcelo estava internado no Hospital Municipal de Santaluz, momentos após receber os primeiros atendimentos médicos no circuito da festa onde acontecia a festa de emancipação política da cidade. Agora, a Polícia Civil trata o caso como homicídio.

Testemunhas serão ouvidas pelos investigadores e delegado titular da unidade policial. Imagens gravadas por testemunhas também serão essenciais para responsabilização criminal de um ou mais envolvidos na situação.

O corpo da vítima deve ser enterrado nesta sexta-feira. Nessa semana, o comandante da GCM de Santaluz, Hugo Ribeiro, disse que a guarnição envolvida na ocorrência já foi afastada das ruas.

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Também nesta quinta-feira, o prefeito de Santaluz, Arismário Barbosa Júnior (Avante), abriu Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra cinco guardas – quatro homens e uma mulher – envolvidos no caso. Os nomes serão preservados porque eles têm direito ao contraditório.

De acordo com o texto, foi configurado, “em tese, uso indevido da força, durante atuação no evento ‘Santaluz Fest’, ocorrido na noite de 20 para 21 de julho de 2025”.

Segundo o PAD, “nas imagens é possível visualizar a atuação de agentes da GCM de Santaluz agindo em meio a uma confusão generalizada, sendo apontado por populares, nas redes sociais e matérias em sites, que um folião teria sido hospitalizado em decorrência da intervenção dos Agentes”.

Uma comissão, que tem até 60 dias para finalizar o inquérito, será a responsável pela apuração do caso. Vale lembrar que o Processo Administrativo é diferente do criminal, comandado nesse momento pela Polícia Civil.

WhatsApp