PM da Bahia manda prender soldado Matos, influenciador que listou cinco bairros mais perigosos de cidade
Soldado da Polícia Militar da Bahia e influenciador digital, Luan Ribeiro de Almeida Matos foi condenado a cumprir 10 dias de detenção administrativa por um vídeo postado no TikTok. Nesta quarta-feira (8), ele começa a cumprir a pena no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. O servidor público, na publicação em questão, listou os cinco bairros mais perigosos de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.
O Portal do Casé teve acesso ao Processo Disciplinar Sumário (PDS). No texto, a Polícia Militar entendeu, entre outros pontos, que o vídeo gravado pelo soldado “pode ser visto como uma avaliação institucional oficial, provocando alarme público e desconfiança na atuação da 10ª Companhia Independente”. Essa unidade, hoje transformada em Batalhão, é responsável pelo policiamento em Candeias e municípios vizinhos.
“Os canais oficiais da corporação são os meios adequados para a divulgação de informações fidedignas sobre segurança pública, seguindo a primazia do interesse público sobre o privado”, salientou a comissão responsável pela investigação, formada por oficiais. A decisão pela prisão foi assinada no último dia 2 de outubro pelo comandante-geral, coronel Antônio Carlos Magalhães.
“Mesmo quando não está em serviço ou nas redes sociais, o militar está sujeito a um regime jurídico diferenciado e tem a responsabilidade de preservar a imagem da instituição e os princípios de moralidade e lealdade administrativa”, entendeu.
Os bairros citados pelo soldado no vídeo foram:
Santa Clara;
Sarandi;
Dom Avelar;
Santo Antônio;
Passagem dos Teixeiras.
DEFESA
No processo, o advogado do soldado Matos alegou que, no TikTok, o acusado interpretava um personagem com o intuito de motivar pessoas para concursos policiais e que o valor arrecadado era revertido para projetos sociais. Apontou, ainda, que o conteúdo do vídeo se limitou a informar sobre bairros perigosos em Candeias. Segundo ele, essa informação teria sido confirmada e de conhecimento público pelo então comandante da 10ª CIPM.
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